Na vez em que Soraya subiu ao relento de suas dores, a alma atormentada visitou o campo pardo das pedras retorcidas. O horizonte franzia a testa em escalas pastéis, ansioso para chorar as primeiras estrelas.
A jovem encontrou-se com a pessoa que buscava em si mesma, e floriu em desatinos, efêmeros como um sorriso. Desceu então para a caverna de seu próprio mundo real, onde um rapaz angustiado a via passar todos os dias...
Soraya desfilava sua tosca insanidade, possuída pela droga dos desquitados: a liberdade. Quando cruzava com o dito rapaz o que se notava eram as nebulosas negras e os falsos risos de um tango argentino.
Felipe Modesto
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Interessante!
Postar um comentário